terça-feira, 22 de setembro de 2009

Influência do professor na competência leitora

Silvia Fröhlich Pichinin


Resumo: Mostrando o quanto são importantes as opiniões, mesmo que não tenham o sentido esperado, faz com que o aluno comece a se questionar sobre outras opiniões e como elas podem ser argumentadas. Mostra também que a leitura é a chave de grandes argumentos, pois é necessário termos uma base para nossas opiniões.

Palavras-chave: Leitura, ensino, aprendizagem.

No ensino, muitas vezes nos deparamos com situações complicadas e porque não dizer frustrantes. Não existe uma receita para fazer com que os alunos tenham vontade de aprender, então procuro ir testando diversas possibilidades até alcançar os objetivos (ou pelo menos parte deles). A competência leitora é uma peça essencial nesse processo ensino-aprendizagem.

“As competências adquiridas nas experiências de leitura conferem aos leitores um repertório de estratégias, dentre as quais será possível escolher aquela que parece mais conveniente para enfrentar as dificuldades apresentadas em uma nova situação”. (SILVA, 2004: 73)

“Mas essas estratégias não são produto de um desenvolvimento iluminado de forma isolada pelo indivíduo. Ao contrário, elas são elaboradas ao longo de uma trajetória que exige postura ativa e construtiva por parte do indivíduo (ou aluno) em suas relações com outras pessoas que já tenham desenvolvido mecanismos de apropriação do texto. Cabe mediar o processo de leitura dos textos específicos da disciplina que lecionam, incorporando as reflexões sobre a leitura ao seu fazer cotidiano, além de mediar o processo de construção e desenvolvimento do Letramento”. (SANTOS, 2008)

Utilizando os ditados de textos que apresentem termos técnicos, podemos brincar com as palavras e o soletrar, acaba por se tornar uma brincadeira, assim manter a sala mais atenta, pode melhorar a ortografia. Procurar mostrar que todo respeito deve ter reciprocidade é fundamental.

“Ler, verbo transitivo, é um processo complexo e multifacetado: depende da natureza, do tipo, do gênero daquilo que se lê, e depende do objetivo que se tem ao ler. Não se lê um editorial de jornal da mesma maneira e com os mesmos objetivos com que se lê a crônica de Veríssimo no mesmo jornal; não se lê um poema de Drummond da mesma maneira e com os mesmos objetivos com que se lê a entrevista do político; não se lê um manual de instalação de um aparelho de som da mesma forma e com os mesmos objetivos com que se lê o último livro de Saramago”. (SOARES, 2007.).

“Apresentar um documento não se reduz à mera leitura do mesmo, quando muitas vezes ocorre apenas a decodificação de palavras, e não a compreensão do texto. Trata-se de um processo que passa por várias fases, a partir de um olhar crítico prelimina”. (SCHMIDT e CAINELLI, 2004: 96-105).

Considerações finais: Opiniões, exemplos, troca de experiências são fundamentais para adquirir a competência leitora, mostrar que é necessário termos uma argumentação em base palpável faz parte do papel do professor e mostra a necessidade de ampliar os conhecimentos, assim uma coisa depende da outra e nos ajuda a construir as nossas experiências.



Bibliografia

SANTOS, Vinícius Teixeira (2008). Revista Espaço acadêmico nº 90, Letramento em História,RJ

SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene (2004). Ensinar História. SP: Scipione.

SILVA, Mirian do Amaral Jonis (2006). Aprender para a vida ou para o vestibular? O Alfabetismo científico e a construção social de conceitos biológicos entre estudantes de Cursos Pré-vestibulares Comunitários. Tese de Doutorado, Departamento de Educação, PUC-Rio.

SILVA, Vitória Rodrigues e (2004). Estratégias de leitura e competência leitora: contribuições para a prática de ensino em História. In: História, v.23, n.1-2, pp.69-83.

SOARES, Magda Becker . (1998). Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica.

__________.(2007). Ler, verbo transitivo. Disponível em: www.leiabrasil.org.br/doc/leiaecomente/verbo_transitivo.doc

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